A importância da escuta qualificada nas políticas de atenção à pessoa egressa: memórias, contra-memórias e reconstrução de identidades

Autores

  • Paula Jardim Duarte
  • Francisco Ramos de Farias

Palavras-chave:

PALAVRAS-CHAVE: Egressos do Sistema Prisional. Estigma. Memória.

Resumo

O presente artigo busca demonstrar como a escuta qualificada, no campo institucional, de pessoas egressas do cárcere, com base em seu inventário de memórias, pode auxiliar na ressignificação das situações traumáticas vividas. Apoiados nas teorias dos campos da Memória Social, Filosofia e Psicanálise, abordamos os conceitos de ‘sujeição’, prisonização, ‘vidas precárias’, ‘mortificação do eu’, dentre outros. A partir do testemunho de uma pessoa egressa do sistema prisional do Rio de Janeiro, por meio de escuta presencial, o texto indica a existência de saídas possíveis, que abre caminhos às novas possibilidades de significação, subjetivação e ressignificação de passado, presente e construções de futuro. Apesar dos estigmas enfrentados por aqueles que deixam o cárcere, é possível que o sujeito conserve algo de si, resistindo à lógica do poder.

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Biografia do Autor

Paula Jardim Duarte

Graduação em Psicóloga e Mestrado em Memória Social. Possui experiência em gestão de políticas públicas na área de prevenção à criminalidade e violências. Atuou como consultora pelo PNUD/CNJ (2020 a 2023). Coordenadora estadual no Rio de Janeiro do Programa Fazendo Justiça/CNJ (2019 a 2020). Coordenadora de projetos de pesquisa na área de Justiça Criminal e Sistema Prisional pelo Instituto de Estudos da Religião do Rio de Janeiro (2016 a 2019).
Coordenadora de grupos reflexivos para homens e mulheres envolvidos com violência de gênero pelo Instituto ALBAM/MG (2014 a 2016); Diretora dos Programas de Alternativas Penais pela Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais (2007 a 2012). Coordenadora Regional do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos em Ribeirão das Neves/MG (2015), Psicóloga na Atenção Secundária no Centro de Saúde Viva Vida em Santa Luzia/MG (2013 a 2014) e atuou em Consultório Particular como Psicóloga Clínica com abordagem psicanalítica (1999 a 2016). E-MAIL: paulajardimduarte12@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0009-0004-0838-5758.

Francisco Ramos de Farias

Possui graduação em Psicologia, Especialização em Psicologia, Mestrado e Doutorado em Psicologia e Pós Doutorado pela Université de Paris - SHS Sorbonne (2022). Consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Professor Titular da Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro, do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social. Consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Assessor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo. E-MAIL: francisco.farias@unirio.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2966-077X.

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Arquivos adicionais

Publicado

2024-08-28

Como Citar

Duarte, P. J., & Farias, F. (2024). A importância da escuta qualificada nas políticas de atenção à pessoa egressa: memórias, contra-memórias e reconstrução de identidades: . REVISTA BRASILEIRA DE EXECUÇÃO PENAL, 5(1), 113–129. Recuperado de https://rbepdepen.depen.gov.br/index.php/RBEP/article/view/709

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