A influência do habitus no trabalho prisional: repensando o fenômeno da prisionização

Autores/as

  • Valdir Sessi Departamento de Polícia Penal do Paraná

Palabras clave:

Habitus. Prisionização. Sistema prisional.

Resumen

Este artigo investiga as diferenças entre o conceito de habitus e o fenômeno da prisionização, analisando suas implicações no ambiente prisional. O habitus, conforme Bourdieu, refere-se a um conjunto de disposições internalizadas, moldadas socialmente, que orientam práticas e percepções dos indivíduos em diferentes contextos. Já a prisionização, segundo Clemmer, é o processo pelo qual detentos e funcionários assimilam a subcultura carcerária, incorporando gradativamente, seus valores e comportamentos.
Este estudo busca entender como essas adaptações afetam a identidade e o comportamento dos envolvidos, distinguindo os efeitos transformadores do habitus e da prisionização no ambiente prisional. As análises evidenciam as consequências dessas mudanças para a reintegração social dos detentos e para o papel dos funcionários, abordando as implicações éticas e sociais no contexto pós-prisional.

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Biografía del autor/a

Valdir Sessi, Departamento de Polícia Penal do Paraná

Graduado em História (Faculdade União das Américas). Especialização em Metodologia do Ensino de História (Centro Universitário Leonardo da Vinci). Mestrado e Doutorado em História (Unioeste). Atua como Policial Penal em Foz do Iguaçu-PR.

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Publicado

2025-07-21

Cómo citar

Sessi, V. (2025). A influência do habitus no trabalho prisional: repensando o fenômeno da prisionização. Revista Brasileña De Ejecución Penal, 6(1), 95–105. Recuperado a partir de https://rbepdepen.depen.gov.br/index.php/RBEP/article/view/1099