AS CONTRIBUIÇÕES DE PRÁTICAS CORPORAIS PARA A HUMANIZAÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DE MULHERES EM CUMPRIMENTO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

Auteurs

  • Silvane Fensterseifer Isse Doutora em Ciências do Movimento Humano Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES
  • Jéssica Nervis Bacharel em Educação Física Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

DOI :

https://doi.org/10.1234/rbep.v2i2.137

Mots-clés :

Instituição prisional. Práticas corporais. Humanização. Socialização.

Résumé

Este estudo teve o objetivo de compreender como as práticas corporais
contribuem para a humanização e socialização de mulheres privadas de liberdade,
em um presídio feminino. Trata-se de uma pesquisa-ação. Participaram do
estudo 24 mulheres. Foram realizadas seis intervenções, semanais, através de
práticas corporais como danças, expressão corporal, ginásticas, jogos e esportes.
Os instrumentos de pesquisa utilizados foram observações, registros em diário
de campo e entrevistas semiestruturadas. O estudo evidenciou que as práticas
corporais contribuem para a humanização e a socialização na instituição
prisional: modificam a rotina do presídio; constituem-se em momento de alegria e
divertimento; contribuem para uma maior atenção à saúde e diminuição de dores
corporais e melhoram o convívio, já que proporcionam a interação com mulheres
com as quais não costumam dialogar.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ABRANTES, Pedro. Para uma teoria da socialização. Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, vol. XXI, 2011, p. 121-139. Disponível em: <http://twixar.me/FcRn> Acesso em: 12 maio 2019.

AMARAL, Jader Denicol do. Jogos Cooperativos. 4 ed. São Paulo: Phorte, 2009.

ARAÚJO, Laura Filomena Santos De et al. Diário de pesquisa e suas potencialidades na pesquisa qualidade em saúde. Revista Brasileira em Pesquisa de Saúde, Vitória, v. 15, n. 3, 53-61, 2013. Disponível em: <http://periodicos.ufes.br/RBPS/article/viewFile/6326/4660>. Acesso em: 25 abr. 2019.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa-PT: Edições 70, 1977. E-Book. Disponível em: <http://twixar.me/J7Rn>. Acesso em: 9 mai. 2019.

BRASIL. Lei nº. 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7210.htm>. Acesso em: 18 abr. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>. Acesso em: 09 mai. 2019.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cciViL_03/ Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 06 abr. 2019.

CURY, Jessica Santiago; MENEGAZ, Mariana Lima. Mulher e o cárcere: uma história de violência, invisibilidade e desigualdade social. 13º Mundos de mulheres & fazendo gênero 11. WWC2017, Anais, Florianópolis-SC, 2017. Disponível em: <http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1499469506_arquivo_artigofazendogenero-enviar.pdf>. Acesso em: 06 abr. 2019.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.

FORTES, Paulo Antônio de Carvalho; MARTINS, Cleide de Lavieri. A ética, a humanização e a saúde da família. Revista brasileira de enfermagem, v. 53, n. SPE, p. 31-33, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v53nspe/v53nspea05.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2019.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: Nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GOMES, Ivan Marcelo; FRAGA, Alex Branco; CARVALHO, Yara Maria de (orgs.). Práticas Corporais no Campo da Saúde: uma política em formação. Porto Alegre: Rede Unida, 2015.

GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Práticas corporais e o Sistema Único de Saúde: desafios para a intervenção profissional. In: GOMES, Ivan Marcelo; FRAGA, Alex Branco; CARVALHO, Yara Maria de (orgs.). Práticas Corporais no Campo da Saúde: uma política em formação. Porto Alegre: Rede Unida, 2015.

JAHODA, M. Socialização. In: OUTHWAITE, W.; BOTOMORE, T. Dicionário do pensamento social do século XX. Tradução: Eduardo Francisco Alves e Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

LIMA, Gigliola Marcos Bernardo et al. Mulheres no cárcere: significados e práticascotidianas de enfrentamento com ênfase na resiliência. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 37, n. 98, p. 446-456, jul/set, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n98/a08v37n98.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2019.

MORAES, Adílio Moreira; MORAES, Berla Moreira; RAMOS, Vanessa Mesquita. A prática de atividade física no presídio o que pensam os apenados? Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, v. 12, n. 1, p. 47-54, jan./jun., 2014. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/viewFile/9794/8797>. Acesso em: 10 abr. 2019.

PEREIRA, Éliton; VASCONCELOS, Miriã. O processo de socialização no canto coral: um estudo sobre as dimensões pessoal, interpessoal e comunitária. Revista Música Hodie, v. 7, n. 1, 2007. Disponível em: <https://tinyurl.com/y6smx764>. Acesso em: 23 abr. 2019.

PLAISANCE, Éric. Socialização: modelo de inclusão ou modelo de interação? Percursos: Revista do Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis: v. 4, n. 1, 2003.

SANTA RITA, Rosangela Peixoto. Mães e crianças atrás das grades: em questão o princípio da dignidade da pessoa humana. 2006. 180f. Dissertação (Mestrado em Política Social) - Universidade de Brasília, Brasília, 2006. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6377/1/2006_Rosangela%20Peixoto%20Santa%20Rita.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2019.

RIBEIRO, Bruna Carolina de Alfaia; MACHADO, Edina Fialho. Pedagogia social no cárcere em busca de humanização. Revista Diálogos, v. 20, n. 1, p. 72-81, 2016. Disponível em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RDL/article/view/6806/4799>. Acesso em: 23 abr. 2019.

ROLIM, Marcos. Prisão e ideologia: Limites e possibilidades para a reforma prisional no Brasil. DHNET, p. 1-35, 2012. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/marcosrolim/rolim_prisao_e_ideologia.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2019.

TRIP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 3, p. 443-466, 2005.

VERÍSSIMO, N. Relatório de 1940 do Presídio de Fernando de Noronha, Recife. Secretaria de Estado dos Negócios do Interior/Repartição Central de Polícia. Recife: SENI/RCP,1941.

ZANELLA, André Luiz; AGUIAR, Clodoaldo Duarte. A eficiência do treinamento funcional: uma revisão de literatura acerca de seus aspectos. Efdeportes, Buenos Aires, año 19, n. 202, 2015. Disponível em: <https://www.efdeportes.com/efd202/a-eficiencia-do-treinamento-funcional.htm>. Acesso em: 12 mai. 2019.

Fichiers supplémentaires

Publiée

2021-09-08

Comment citer

Fensterseifer Isse, S., & Nervis, J. (2021). AS CONTRIBUIÇÕES DE PRÁTICAS CORPORAIS PARA A HUMANIZAÇÃO E A SOCIALIZAÇÃO DE MULHERES EM CUMPRIMENTO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Journal Brésilien Des Exécutions Pénales, 2(2), 181–200. https://doi.org/10.1234/rbep.v2i2.137

Numéro

Rubrique

Relatos de Experiências e Boas Práticas