A importância da escuta qualificada nas políticas de atenção à pessoa egressa: memórias, contra-memórias e reconstrução de identidades
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PALAVRAS-CHAVE: Egressos do Sistema Prisional. Estigma. Memória.Resumen
O presente artigo busca demonstrar como a escuta qualificada, no campo institucional, de pessoas egressas do cárcere, com base em seu inventário de memórias, pode auxiliar na ressignificação das situações traumáticas vividas. Apoiados nas teorias dos campos da Memória Social, Filosofia e Psicanálise, abordamos os conceitos de ‘sujeição’, prisonização, ‘vidas precárias’, ‘mortificação do eu’, dentre outros. A partir do testemunho de uma pessoa egressa do sistema prisional do Rio de Janeiro, por meio de escuta presencial, o texto indica a existência de saídas possíveis, que abre caminhos às novas possibilidades de significação, subjetivação e ressignificação de passado, presente e construções de futuro. Apesar dos estigmas enfrentados por aqueles que deixam o cárcere, é possível que o sujeito conserve algo de si, resistindo à lógica do poder.
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